Bullying

domingo, 10 de agosto de 2014

Parabéns a todos os Pais! Homenageamos esta figura importante da família com esta interessante reflexão!

Pai, o exemplo que podemos ser!
      Durante séculos, a figura paterna carregou sobre os ombros a responsabilidade por agregar autoridade e disciplina à vida em família. Não raro, os pais mantinham certo distanciamento físico e psicológico de seus filhos. A humanidade atravessou eras imputando ao homem a imagem de provedor, disciplinador e guardião da macheza e virilidade masculinas.
      A revolução sexual dos anos 60 trouxe, dentre outras coisas, um maior envolvimento do homem nas tarefas domésticas e na vida de seus filhos. A família ganhou mais envolvimento físico, traduzido em contato de pele, beijos e abraços.
      Mas, como toda mudança de paradigma, essa evolução trouxe consigo algumas arestas difíceis de entender e de aparar. Da falta de senso de hierarquia e disciplina parece nascer boa parte das mazelas de que padece a sociedade moderna. A violência crescente, parte dela alavancada nas ações de menores de idade, é prova incontestável de que falta aos jovens de hoje boa dose da austeridade que acalmava os espíritos inquietos da juventude de ontem. Talvez tenha nos faltado evoluir no conceito de equilíbrio.
     A sociedade que discute a liberação da maconha, o beijo gay e a Lei da Palmada ainda não conseguiu impor a seus filhos conceitos básicos que poderiam mudar os rumos da história que estamos escrevendo. Não é preciso muita coisa, se entendermos que uma geração melhor pode nascer sob os pilares do carinho e do exemplo, e também da disciplina.
     Quem pensa em ser pai, saiba que somente o bom exemplo pode poupar de desgostos. Se der peso à sua firmeza, não terá que pesar suas mãos. Tenha certeza de que a grandeza de seu caráter é que vai determinar o futuro de seus filhos. Acredite que um abraço forte pode, sim, ser melhor que uma bronca – mas não será toda hora.
     Carinho de pai tem que ser igual ao de mãe: físico e sincero. Entenda que “apoio incondicional” não é sinônimo de “acobertamento”. Seja intransigente com a verdade para não ter que conviver mais tarde com a culpa. Aceite que sua família é sua principal motivação de vida. Faça todo mundo saber disso. Mostre a seus filhos que nada vem de graça e que cada um só precisa fazer a sua parte, trabalhando. Admita e assuma que não é infalível – o divino às vezes assusta as crianças, mas o humano as conforta.
      O menino só reconhece o herói que o pega pela mão, o carrega no colo e o levanta até tocar o teto – os outros heróis são de desenho animado. E criança sabe disso. Beije a mãe de seus filhos e, mesmo depois de uma discussão daquelas, confidencie baixinho “a mulher incrível que ela é”.
       Imponha respeito, mas nunca o medo – a criança que respeita pai e mãe vai respeitar pela vida toda colegas, amigos, o planeta e os animais. Seja justo, tenha dúvidas, peça ajuda, se arrependa, agradeça, reclame, elogie, cobre, chore, cante, dance e fale das coisas que você gosta. Seja você mesmo e esteja sempre por perto. Então, quando você, pai, estiver caminhando em outro plano, vai gostar de saber que seus filhos conseguem se virar sozinhos, constroem os próprios sonhos e só sentem sua falta pra brindar com eles, e não apenas pra pagar a conta.
Editorial-Jornal Hoje em Dia, publicado no dia 10/08/2014

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