Bullying

domingo, 27 de agosto de 2023

Honrando o Legado de Emília Ferreiro: Uma Educadora que Transformou a Educação


É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento da renomada educadora Emília Ferreiro. Sua partida deixa um vazio imensurável no mundo da educação e no coração de todos aqueles que foram tocados pela sua sabedoria e dedicação.

Emília Ferreiro foi uma das vozes mais influentes no campo da alfabetização e psicogênese da língua escrita. Seu trabalho revolucionário trouxe uma nova compreensão sobre o processo de aprendizagem da leitura e da escrita, transformando a maneira como educadores e estudiosos encaram a formação linguística das crianças.

Seu legado transcende fronteiras e gerações, impactando positivamente milhares de educadores e alunos ao redor do mundo. Seu compromisso inabalável com a melhoria da educação e sua paixão pela compreensão do desenvolvimento da linguagem continuarão a influenciar as práticas educacionais por muitos anos.

Neste momento de luto, nossos pensamentos estão com a família, amigos e todos aqueles que foram tocados pela sua orientação, conhecimento e humanidade. Que o seu legado continue a inspirar educadores a promoverem uma educação de qualidade e a valorizarem o poder da aprendizagem ao longo da vida.

Em nome da comunidade educacional, expressamos nossas mais sinceras condolências. Que a memória e o legado de Emília Ferreiro permaneçam vivos em nossos corações e práticas pedagógicas.

Aqui estão alguns detalhes que obtive da fonte da Wikipédia, com o intuito de fornecer uma compreensão mais completa sobre Emília Ferreiro. É importante ressaltar que ela teve a oportunidade de ser orientada por Piaget em sua trajetória acadêmica.

Emilia Beatriz María Ferreiro Schavi, nascida em Buenos Aires em 5 de maio de 1936, foi uma eminente psicóloga e pedagoga argentina, que posteriormente se estabeleceu no México. Ela alcançou o título de doutora pela Universidade de Genebra, sob a orientação de Jean Piaget.

Após concluir seus estudos de psicologia na Universidade de Buenos Aires em 1970, ela prosseguiu para a Universidade de Genebra. Lá, teve a oportunidade de trabalhar como pesquisadora-assistente de Jean Piaget e completou seu PhD sob a orientação do renomado psicopedagogo suíço. Em 1971, Emilia retornou a Buenos Aires, onde formou um grupo de pesquisa focado na alfabetização e publicou sua tese de doutorado intitulada "Les relations temporelles dans le langage de l'enfant" ("As relações temporais na linguagem da criança"). No ano seguinte, foi agraciada com uma bolsa da Fundação Guggenheim dos Estados Unidos.

Em 1974, Emilia afastou-se de suas funções como docente na Universidade de Buenos Aires. O ano de 1977 trouxe desafios significativos, quando, após o golpe de Estado na Argentina, ela foi forçada a viver em exílio na Suíça. Lá, lecionou na Universidade de Genebra e iniciou uma pesquisa em colaboração com Margarita Gómez Palacio em Monterrey, no México, voltada para crianças que enfrentavam dificuldades de aprendizagem.

Em 1979, Emilia estabeleceu sua residência no México, onde compartilhou sua paixão pela educação com seu marido, o físico e epistemólogo Rolando García, com quem teve dois filhos. Atualmente, ela ocupa a posição de Professora Titular no Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, localizado na Cidade do México. Seu impacto no campo educacional é vasto e profundo, deixando uma marca duradoura na forma como abordamos o processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças.

Como você acredita que o trabalho revolucionário de Emília Ferreiro impactou a educação e influenciou a forma como encaramos a aprendizagem da leitura e escrita? Compartilhe suas reflexões conosco nos comentários.

Hashtag: #EmíliaFerreiro #LegadoEducacional

             Professor Deodato Gomes Costa

Aqui estão algumas das principais ideias associadas a Emília Ferreiro:

Hipóteses de Escrita: Uma das contribuições mais marcantes de Ferreiro é sua pesquisa sobre as hipóteses de escrita das crianças em processo de aprendizado. Ela demonstrou que as crianças passam por estágios de compreensão da escrita, começando por concepções prévias que são moldadas à medida que interagem com o ambiente de leitura e escrita.

Construção Ativa do Conhecimento: Ferreiro acredita que as crianças não apenas absorvem passivamente o conhecimento, mas o constroem ativamente à medida que interagem com o mundo e com os materiais de leitura e escrita. Ela enfatiza o papel ativo da criança no processo de aprendizado.

Erro e Aprendizado: Ela argumenta que os erros cometidos pelas crianças ao escrever não devem ser vistos apenas como falhas, mas como reflexos das suas concepções iniciais sobre a língua escrita. Esses erros são um indicador do progresso do pensamento da criança em relação à escrita.

Letramento: Ferreiro também introduziu o conceito de letramento, que vai além da habilidade de decodificar palavras e envolve a compreensão da escrita como uma ferramenta de comunicação e expressão. Ela destaca a importância de considerar o contexto social e cultural em que a escrita é utilizada.

Diferenças Individuais: A pesquisa de Ferreiro enfatiza que as crianças trazem diferentes concepções e experiências para o processo de alfabetização. Ela incentiva os educadores a reconhecerem essas diferenças e a adaptarem suas abordagens de ensino para atender às necessidades individuais dos alunos.

Contexto e Cultura: Ferreiro enfatiza que a aprendizagem da escrita não ocorre no vácuo, mas é influenciada pelo contexto cultural e social em que a criança está inserida. A compreensão da escrita é moldada pelas práticas linguísticas e sociais que cercam a criança.

Abordagem Construtivista: Sua abordagem é fortemente construtivista, destacando a importância de construir o conhecimento através da interação ativa com o ambiente e a linguagem escrita.

Lembro aqui de uma expressão bastante criticada a partir dos posicionamentos da Emília Ferreiro: "Ivo viu a uva". A gente vê que fornecer apenas palavras simples e claramente decodificáveis, como esta expressão "Ivo viu a uva", está-se perdendo a oportunidade de envolver as crianças em um ambiente de leitura mais autêntico, que reflita a complexidade da língua escrita e desafie suas hipóteses iniciais. A teoria de Emília Ferreiro, de forma bem diferente,  destaca a importância de abordar a escrita de maneira contextual e significativa, permitindo que as crianças explorem a variedade de maneiras como as palavras são usadas e representadas. Penso que avançamos bastante com as ideias de Emília. Não acredito que ainda tenha professores que trabalham com esse modelo do texto sem sentido.

                    Professor Deodato Gomes Costa

Nenhum comentário: