Homenagem a minha mãe, D. Alzira – por Deodato Gomes Costa
Mãe, já faz alguns anos que você partiu… mas há dias em que sua presença é mais viva do que nunca. Já te disse tantas coisas em silêncio, em prece, em sonho… mas ainda não disse tudo o que meu coração guarda com tanto amor. Há palavras demais no peito, e uma saudade que nenhuma frase dá conta de traduzir.
O que dizer, mãe? Que você foi uma heroína? Que criou tantos filhos com quase nada, mas com um amor que transbordava em cada gesto? Que nos ensinou mais com seus exemplos do que qualquer livro que eu li poderia ensinar? Que nos educou com firmeza e fé, com afeto e oração?
Sim, eu te agradeço. Eternamente. Pelas lições na beira do fogão de lenha, por cada cheiro de comida simples que embalava nossos dias. Daquela comida simples que fazia, quando tinha as coisas para fazer, mas também quando não tinha comida, um aroma que pairava no ar como um abraço invisível, carregando em si a força da sobrevivência e o afeto silencioso de quem nutre. Mas principalmente por sua pergunta que ecoa em minha alma até hoje: “Menino, você não acredita em Deus, não?”
Você, mãe, é raiz, é luz, é semente eterna. Sua voz ainda vive em mim. Seu amor, agora no infinito de Deus, reflete em cada um de nós, seus filhos.
Eu te amo, D. Alzira. Hoje e sempre. Até nos reencontrarmos. 💛
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