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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Pela Alfabetização Enxadrista, todos os professores da Escola João Beraldo dominarão os conhecimentos básicos do Xadrez para trabalhar com os alunos. Um trabalho que começou em 2011, e que cada vez mais se consolida.


Um trabalho que começou em 2011, e que cada vez mais buscamos sua consolidação enquanto instrumento didático.  Veja como tudo começou:clique aqui.
O Jogo de Xadrez é cada vez mais uma realidade na Escola João Beraldo, chamada hoje de Escola da Escolha. Incansável é o trabalho para que todos os professores aprendam o básico e utilizem o Xadrez como o poderoso recurso pedagógico que é.  Ele é o jogo que pode ajudar os estudantes a desenvolverem raciocínios e criar relações sociais saudáveis. Jogo de tabuleiro, em que pensar e elaborar estratégias são ações fundamentais para vencer uma partida, o xadrez é cada vez mais um aliado importante dos professores  da Escola João Beraldo. É grande o esforço que fazemos para disseminar este esporte na nossa Escola. O trabalho educativo-pedagógico com o Xadrez não pode ficar a cargo de um professor mas deve ser incorporado por  todos os professores de todos os componentes curriculares. Ele não precisa ser um perito no assunto, ter expertise, dominando lances infalíveis de ataque e proteção, no entanto o que precisamos é apenas de uma ALFABETIZAÇÃO ENXADRISTA. Para o jogo de xadrez ganhar o aluno o vetor principal é o professor de todas as disciplinas que deve dominar: sua história milenar, os mitos que o envolvem, o nome de todos os personagens, a movimentação das peças no tabuleiro, e com qual finalidade as peças ocupam as casas durante os lançes. Desta forma ele pode ensinar  esta riqueza para seus alunos, adotando inclusive o tema nas suas avaliações. O professor tem um papel fundamental no envolvimento dos seus estudantes com este jogo que desenvolve o raciocínio e a concentração.
Temos mais de 100  peças de jogos e todas as mesas do pátio foram marcadas com o diagrama do tabuleiro, objetivando a consolidação deste esporte como ferramenta pedagógica. 
O xadrez exige que seu praticante enxergue várias jogadas à frente bem como simulações mentais dos seus movimentos e de como o seu adversário irá reagir. Para isso, o estudante deve construir um repertório de conhecimento amplo, para que tenha capacidade de encontrar os melhores movimentos das  suas peças. Tudo que precisamos para forçá-los a raciocinar e ter concentração. Aliás, essa é uma das vantagens do xadrez enquanto um jogo que exige atenção total mesmo quando se espera o adversário jogar.
A neurociência aplicada à educação afirma que ao contrário do que sempre pensamos, é mito que o cérebro tem atenção para duas atividades ao mesmo tempo. A nossa atenção só da conta de uma atividade por vez.   Augusto Cury trabalhou muito em seus livros a Síndrome do Pensamento Acelerado(SPA), problema grave que vem acometendo nossos adolescentes e jovens. Querem fazer várias coisas ao mesmo tempo, são sempre levados à dispersão através dos seus celulares, insistem em ser multitarefa quando o cérebro tem o seu limite de atender uma demanda por vez. O xadrez ganha relevância exatamente neste ponto, pelo fato de trabalhar no sentido contrário. Ensina a paciência, a esperar pelo movimento do outro e a ter chance de fazer melhor, num clima de concentração que não possibilita fazer outra atividade naquele momento.
Impressionante como a imaginação é ativada  pois cada movimento no xadrez abre uma infinidade de opções. Cada peça tem seu movimento particular, e o adolescente, o jovem ou o adulto,  tem à sua frente, em um tabuleiro de xadrez,  um universo inteiro para criar e imaginar. O estudante precisa ser versátil para aplicar as regras e tentar superar o adversário.
Um movimento errado pode significar uma derrota no xadrez. E o adolescente irá, então, ter que lidar com seus próprios erros e saber administrá-los. Como outro benefício do xadrez é oferecer chances para se redimir, ele pode encontrar uma saída para consertar aquele problema. A solução terá que vir dele, sem interferência de adultos. Um princípio perfeitamente sintonizado com a Escola da Escolha onde o Jovem não é o problema ele é a solução. 
Todo o raciocínio desenvolvido em torno do xadrez ajuda o adolescente  a encarar com mais facilidade os componentes do Currículo Referência de Minas e da BNCC. A matemática é a que mais vantagem leva, pois requer recursos que o xadrez também exige: lidar com probabilidade, progressões, geometria (o movimento do cavalo, por exemplo, exige do adolescente entender movimentos no espaço que não são lineares).
Outros componentes curriculares também ganham com a adesão do xadrez na escola, como história, pois o estudante desenvolve concentração e capacidade de analisar o tabuleiro como um todo, assim como essa disciplina.
O aluno só tem a ganhar aprendendo xadrez na escola. E a Escola João Beraldo tem a preocupação de, ao inserir o jogo de tabuleiro no ambiente, manter uma orientação constante a toda equipe pedagógica, de forma que os adolescentes e jovens não se vejam sozinhas diante do jogo. E então o que estamos esperando para lançar mão de vez deste instrumento?
           Por Deodato Gomes Costa

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