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quarta-feira, 17 de junho de 2020

PREVENÇÃO Matando o vírus diretamente Por Amilcar Tanuri 17/06/2020 - O Globo



O coronavírus se mostrou resistente a diferentes temperaturas ambiente e ainda eficiente para iniciar uma infecção.
Locais úmidos e sem isolamento podem ser ambientes perfeitos para a infecção. Este é o caso de banheiros, escritórios, mesas de restaurantes, entre outros.
Em termos de limpeza de ambiente, temos os desinfectantes comuns, baseados em substâncias químicas que reagem com a partícula viral, inativando-a. Geralmente, esses desinfectantes, como cloro, álcool etílico a 70%, lisofórmio, entre outros, dissolvem a parte lipídica do envelope viral, inativando-o imediatamente. Contudo, esses desinfectantes não têm ação residual.
Uma outra classe de desinfectantes, como a amônia quaternária, tem ação residual de dias, e até semanas, porém é muito mais tóxica para seres humanos e para o meio ambiente.
Mais recentemente, a nanotecnologia nos forneceu moléculas e nanopartículas que podem nos ajudar no combate ao novo coronavírus e a outros vírus respiratórios. São os chamados virucidas.
Uma dessas soluções é a de nanopartículas de prata, que podem ser formadas com diferentes diâmetros na faixa de fração de milionésimo do milímetro, permitindo sua atuação direta nas proteínas do envelope viral.
Em experimentos de laboratório, as nanopartículas de prata podem inativar diferentes vírus, como o da influenza e o Sars-CoV-2, mesmo em concentrações muito baixas.
A vantagem da nanotecnologia é que você precisa menos princípio ativo do virucida para exercer a ação. Além disso, eles têm uma ação residual muito notável.
Numa outra vertente, temos os virucidas biológicos, que são baseados em proteínas que se ligam diretamente aos receptores virais, bloqueando sua entrada na célula.
Esses novos virucidas, por terem uma baixa toxidade para seres humanos e boa ação residual, podem ser utilizados como desinfectantes inteligentes para aplicação em ambientes públicos, como shoppings e escritórios, e até soluções para passar no rosto e nas narinas, para inativar o vírus antes que possa iniciar a infecção.
FONTE: O Globo

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