Bullying

sexta-feira, 29 de março de 2024

A Paixão de Cristo e a Educação brasileira!

Em meio à celebração da Paixão de Cristo, é impossível não traçar paralelos entre sua trajetória de sacrifício e a realidade da educação em nosso país. Tal como Cristo, que se humilhou e foi obediente até à morte de cruz, a educação no Brasil vivencia sua própria paixão, marcada por desafios e sofrimentos.

A paixão da educação em nosso país se revela nos quase 70 milhões de brasileiros que não concluíram a educação básica. Reflete-se nos resultados alarmantes de avaliações internacionais, onde os alunos apresentam baixas proficiências em leitura, escrita, cálculo e compreensão científica e as últimas posições nos rankings. Essa paixão se manifesta nos 7 em cada 10 jovens que concluem o ensino médio sem as habilidades essenciais de leitura e cálculo, nas quase 400 mil crianças e jovens de 6 a 14 anos que abandonaram a escola em 2023, e nos 9 milhões de estudantes que não conseguiram terminar o ensino médio também em 2023. É imensurável a perda desse capital humano.

Assim como a história da Paixão de Cristo não termina na cruz, mas na ressurreição, há esperança para a educação brasileira. A ressurreição educacional está nas mãos dos nossos governantes, dos parlamentares, secretários estaduais e municipais,  diretores, supervisores, professores, alunos e suas famílias que, apesar das adversidades, continuam a acreditar no poder transformador da educação.

A educação não se faz apenas com palavras, mas com atitudes. Não se trata apenas de transmitir conhecimento, mas de formar cidadãos conscientes, críticos e capazes de transformar a realidade. A verdadeira ressurreição educacional ocorrerá quando reconhecermos que a humanidade vivenciada por Cristo na cruz ainda pulsa em nossos corações, e que podemos construir um país de delicadeza e respeito mútuo através da educação.

Que todos nós envolvidos na educação possamos renovar nosso compromisso com a transformação e a esperança, do lugar que cada um de nós ocupamos neste imenso "calvário". Madre Tereza de Calcutá, com sua sensibilidade afima que: "O que eu faço é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor", para que possamos pois, juntos, a partir de nossa função como profissionais da educação, somar forças para construir a ressurreição da educação em nosso país, em nosso estado e em nosso município. A Educação precisa ser uma fonte de vida, de dignidade e de justiça para todos, assim como o próprio Cristo ressussitado o é.

Professor Deodato Gomes 

Nenhum comentário: