đšđ»đ» O que Ă© inteligĂȘncia artificial?
Comecemos pelo começo.
O termo inteligĂȘncia artificial Ă© usado com frequĂȘncia para falar de robĂŽs, carros autĂŽnomos, tecnologia de reconhecimento facial e praticamente qualquer outra coisa que pareça um pouco futurista.
Um grupo de acadĂȘmicos cunhou a definição no final da dĂ©cada de 1950 quando se propĂŽs a construir uma mĂĄquina que fosse capaz de realizar qualquer coisa que o cĂ©rebro humano pode fazer –habilidades como raciocĂnio, solução de problemas, aprender tarefas novas e comunicar-se usando linguagem natural.
O progresso foi relativamente lento atĂ© 2012, quando uma Ășnica ideia transformou o campo inteiro.
Ela recebeu o nome de rede neural. Isso pode soar como um cĂ©rebro computadorizado, mas na realidade Ă© um sistema matemĂĄtico que aprende habilidades identificando padrĂ”es estatĂsticos em volumes imensos de dados. Analisando milhares de fotos de gatos, por exemplo, ele pode aprender a reconhecer um gato.
As redes neurais tornam possĂvel a Siri e Alexa entender o que vocĂȘ diz, identificar pessoas e objetos no Google Fotos e traduzir dezenas de lĂnguas instantaneamente.
A novidade seguinte que mudaria tudo foram os grandes modelos de linguagem. Mais ou menos em 2018, empresas como Google, Microsoft e OpenAI começaram a construir modelos neurais que eram treinados com quantidades vastas de texto da internet, incluindo artigos da Wikipedia, livros digitais e papers acadĂȘmicos.
Para a surpresa dos especialistas, esses sistemas aprenderam a escrever textos em prosa e cĂłdigo de computador Ășnicos (diferenciados) e a conduzir conversas sofisticadas. Isso Ă s vezes Ă© chamado de IA generativa (falaremos mais disso nas ediçÔes seguintes).
Resultado: o ChatGPT e outros chatbots estão prestes a transformar nosso cotidiano de maneiras dramåticas. Nos próximos quatro dias, vamos explicar a tecnologia por trås desses robÎs, ajudå-lo a entender suas habilidades e limitaçÔes e a prever o rumo que eles devem seguir nos próximos anos.
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