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sábado, 15 de julho de 2023

PROFESSOR INCLUSIVO: um ensino para todos! - #ProfessorInclusivoParaTodos

Se você se atentar aos documentos oficiais da educação, notará que a inclusão é uma palavra que permeia a todos. Com a mudança dos valores da educação tradicional, a perspectiva do professor inclusivo tem pautado discussões e práticas, incluindo alunos que antes não faziam parte do sistema regular.

Trata-se de uma concepção educacional que permite que estudantes com e sem deficiência percorram sua trajetória escolar lado a lado, juntos em sala de aula. Mas, para que isso efetivamente aconteça, é preciso que os professores assegurem uma educação de qualidade e eliminem qualquer tipo de prática excludente. Será que você, como professor, está realmente praticando a inclusão em sua sala de aula?

O QUE É SER UM PROFESSOR INCLUSIVO? Atendendo às leis nacionais e políticas de educação, o professor deve ser um agente de aprendizagem e de democracia inclusiva em sua sala de aula. Ou seja, deve acolher todos os alunos, sem distinções, e oferecer condições escolares-pedagógicas para todos.

Assim, um professor inclusivo é aquele que garante o atendimento à diversidade humana e é capaz de proporcionar uma educação de alta qualidade a todos os seus alunos. Ele lutou a igualdade de oportunidades, garantindo o acesso, a participação e a aprendizagem de todos, sem exceção.

Essa concepção de ensino contemporâneo oferece um ambiente livre de preconceitos e que valoriza as diferenças. Um professor inclusivo tem por proposta a educação de todos os alunos juntos, deixando-os aptos para uma sociedade mais igualitária e consciente.

Mas, não basta apenas receber o aluno por força da lei em uma turma de ensino regular. Ser inclusivo é muito mais que simplesmente ter alunos diferentes na sala de aula, exigindo que sejam oportunizados o aprendizado, o respeito e a convivência com as diferenças, indistintamente.

Ou seja, um professor inclusivo objetiva garantir aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades a mesma possibilidade de aprendizagem de formação integral oferecida aos demais alunos.

OS AMBIENTES EDUCACIONAIS INCLUSIVOS 

Historicamente, pensar em um professor inclusivo dizia sobre propostas pedagógicas formuladas em modelos de integração, e não efetivamente de inclusão. O que isso quer dizer? Que os professores não operavam programas de inclusão de qualidade, mas apenas inseriam os alunos com deficiência no sistema regular de ensino.

O acesso à educação regular era parcial, impondo ambientes separados ou atividades educativas. E é justamente a revisão dessas experiências educacionais de segregação ou integração que caracterizam os ambientes educacionais realmente inclusivos. Um professor inclusivo garante o direito de todos os alunos frequentarem a sala de aula comum juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de identificação.

OS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 

A educação inclusiva tem cinco grandes princípios. Essas premissas derivam do direito de acesso à educação e, quando observadas, podem assegurar que as práticas pedagógicas de um professor sejam, de fato, inclusivas.

Os cinco princípios da educação inclusiva permitem que o professor tenha um referencial para a análise do discurso e das práticas, planejando e registrando seus objetivos e metas no Projeto Político Pedagógico (PPP). São eles:

TODA PESSOA TEM O DIREITO DE ACESSO À EDUCAÇÃO 

Em consonância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) e outras convenções compartilhadas pelos países membros das Nações Unidas, esse princípio reforça o direito de acesso à educação sem que exista qualquer tipo empecilho, seja ele físico, intelectual ou de nenhuma outra natureza.

TODA PESSOA APRENDE 

Sejam quais são as particularidades do indivíduo, todos têm capacidade de aprender e ensinar. Não existem questões intelectuais, sensoriais e físicas que impeçam o aprendizado. Claro que será preciso reconhecer a diversidade. Por isso, a importância de desenvolver estratégias pedagógicas que favoreçam o processo em sua pluralidade.

O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE CADA PESSOA É SINGULAR 

Não existe homogeneidade no processo de ensino-aprendizagem. Cada criança aprende de um jeito, independentemente de qualquer deficiência. O desenvolvimento de cada aluno é único e singular. Por isso, a importância de elaborar um projeto de ensino que atenda a todos, sem exceção, respeitando os ritmos de cada criança.

O CONVÍVIO NO AMBIENTE ESCOLAR COMUM BENEFICIA TODOS 

Pluralidade, diversidade, respeito e empatia. É sobre isso que diz esse princípio da educação inclusiva. A experiência de interação entre pessoas diferentes oferece benefícios marcantes de curto e longo prazo aos alunos com e sem deficiência. Ambientes educacionais inclusivos favorecem o desenvolvimento de competências intelectuais e socioemocionais dos estudantes.

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA DIZ RESPEITO A TODOS 

Orientada pelo direito à igualdade, a educação inclusiva reconhece a diversidade como um valor que enriquece o processo de ensino e aprendizagem. Assim, além de considerar os alunos com necessidades educacionais especiais, é preciso que a inclusão abarque todos os agentes que circundam esse processo, tais como educadores, famílias, gestores escolares, comunidade etc.

A PERSPECTIVA DA INCLUSÃO 

As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN) preconizam a importância de uma formação integral para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. E, para que uma sociedade seja efetivamente inclusiva, o professor tem um papel fundamental nesse processo.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em sinergia com os demais documentos oficiais da educação brasileira, defende a participação igualitária e não excludente de todos os estudantes. Segundo o documento, 

... o professor, como agente de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades. (BNCC, 2018, 14)

EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL 

O crescimento das práticas educacionais inclusivas é resultado de um movimento que tem despertado todo o mundo, por meio de conferências e convenções mundiais sobre educação. No Brasil, os avanços no estabelecimento de um sistema educacional inclusivo são relativamente recentes, apesar das discussões que acontecem desde a década de 70.

Foi a partir do reconhecimento do papel fundamental do professor inclusivo no Plano Nacional de Educação (PNE) e do Programa de Educação Inclusiva do MEC que a inclusão se tornou parte da agenda educacional do país. Um estudo de caso apresentado pelo Instituto Alana, sobre os benefícios da educação inclusiva, apontou que foi somente em 2008, por meio da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, que o desenvolvimento de uma abordagem inclusiva tomou formas mais robustas no Brasil. Desde então, os professores brasileiros têm trabalhado cada vez mais para incluir alunos com deficiência em escolas regulares.

O QUE FAZER PARA SER UM PROFESSOR INCLUSIVO 

A implementação da educação inclusiva não é feita por um caminho único ou metodologia. Ser um professor inclusivo é um processo gradativo, contínuo e coletivo que exige uma profunda reformulação do cotidiano escolar, considerando a promoção da diversidade e a equalização de oportunidades.

Alinhado às diretrizes da educação inclusiva, a gestão escolar consegue antecipar a identificação e superação das barreiras existentes na escola. E aqui não falamos somente de espaços físicos, mas a expressão de barreiras e padrões inflexíveis, sejam eles informacionais, comunicacionais e atitudinais.

É preciso revisitar o currículo, os princípios e as práticas que regem as atividades pedagógicas, a formação de educadores, os serviços de apoio, a acessibilidade e tecnologia. Mas, por ser um processo contínuo e dinâmico, o próprio educando precisa participar da construção do ambiente inclusivo.

Promover um sistema de educação inclusiva requer ações coordenadas e colaborativas. Essa não é uma responsabilidade apenas do professor, mas de toda a comunidade escolar – aluno, família, pais e responsáveis, comunidade.

Qual estratégia você considera fundamental para que um professor se torne realmente inclusivo em sua prática educacional? 

Compartilhe suas ideias nos comentários! 

#ProfessorInclusivoParaTodos

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