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sábado, 19 de outubro de 2024

Reflexão: a importância das imagens e santos na Fé Católica de acordo com o Pe. Gaspar Pelegrini.

Reflexão: A Importância das Imagens e Santos na Fé Católica

Padre Gaspar Pelegrini apresentou uma explicação profunda e cheia de sabedoria sobre um tema recorrente: a veneração das imagens e a intercessão dos santos na Igreja Católica. Durante o Terço Mariano, uma fiel chamada Cláudia, de outra denominação cristã, questionou o uso de imagens na liturgia católica e citou passagens bíblicas, como Êxodo 20 e Salmo 115, que mencionam a proibição da idolatria.

Padre Gaspar começou expressando sua gratidão pela participação de Cláudia e destacou que o diálogo é essencial para o entendimento mútuo entre diferentes crenças. Ele explicou que a Igreja Católica não prega a adoração de imagens, mas sim a veneração de representações que ajudam os fiéis a se aproximarem de Deus. Para ilustrar, ele comparou a veneração de uma imagem de santo à forma como guardamos fotos de entes queridos — elas não substituem a pessoa, mas nos ajudam a recordar e honrar sua memória.

Em resposta ao questionamento sobre as imagens, o padre mencionou que o próprio Deus, em momentos como na construção da Arca da Aliança e na criação da serpente de bronze no deserto, usou imagens como símbolos com propósitos específicos. Ele enfatizou que o problema não está nas imagens em si, mas na idolatria, que ocorre quando se dá a essas representações o lugar que é exclusivo de Deus.

Além disso, ele falou sobre a intercessão dos santos, explicando que, assim como pedimos a nossos irmãos para orar por nós, também pedimos a intercessão daqueles que já estão na presença de Deus. Para a fé católica, os santos são amigos de Deus e, por isso, podem orar por nós e nos ajudar em nossa caminhada espiritual.

O padre finalizou convidando Cláudia a continuar participando do momento de oração, afirmando que o respeito e o amor pelo próximo são valores essenciais em qualquer fé. Ele também ressaltou que a catequese é um processo contínuo e que há sempre algo novo a aprender e aprofundar na Palavra de Deus.

@professordeodatogomes

Aqui está toda a fala do Padre Gaspar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Entretanto, faltou base bíblica para a fala do padre.
O pior pecado do lider cristão é usar a própria Palavra de Deus distorcida para justificar seus equívocos, adaptar a Palavra de Deus às suas crenças e não adaptar sua vida às verdades Bíblicas. O padre não diz onde está na BÍBLIA qualquer menção a Maria como "mãe de Deus" ou com divindade equivalente a Jesus ou que Maria é intercessora por nós junto a Deus ou que ela é intermediadora entre Deus e os homens? Em qual lugar da Bíblia São Mateus, São Marcos, São Lucas, São João, São Paulo, São Pedro (tido como 1° Papa), ou Abraão, Isaque, Jacó, Josué, Samuel, David, Profetas, Reis, etc.... falam que "É PERMITIDO" fazer imagens de Jesus, Maria ou qq "santo"? Ou onde está na Bíblia que "santos" que já morreram podem interceder por nós?

Deodato Gomes Costa disse...

Bonito e profundo o seu comentário e o zelo que demonstra pela Palavra de Deus. O diálogo que temos entre diferentes compreensões da fé é uma oportunidade de aprendizado e crescimento para todos nós. Compreendo que o tema das imagens e da intercessão dos santos seja motivo de dúvidas, e gostaria de abordar suas questões à luz da Tradição e das Escrituras, como ensina a Igreja Católica.

Primeiramente, gostaria de deixar claro que a Igreja não coloca Maria ou os santos em um nível de divindade. Nossa fé é clara: Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens, como está em 1 Timóteo 2,5. No entanto, a intercessão dos santos é algo que deriva da comunhão dos santos, expressa na própria Escritura. Vemos, por exemplo, no livro de Apocalipse (5,8) que os santos já estão diante de Deus, oferecendo a Ele as nossas orações, simbolizadas por taças de ouro cheias de incenso. Esse é um claro testemunho de que os santos, mesmo após sua morte terrena, continuam intercedendo por nós.

Quanto às imagens, é importante notar que o uso de representações visuais como auxílio na oração e na devoção não é um afastamento da Palavra de Deus. O que a Bíblia condena, como bem mencionou, é a idolatria — a adoração de imagens como se fossem deuses. Em Êxodo 20, Deus proíbe a confecção de ídolos que substituam a Sua presença. No entanto, a mesma Escritura nos mostra que o Senhor, em diversos momentos, ordenou a criação de imagens para fins específicos, como os querubins sobre a Arca da Aliança (Êxodo 25,18-22) e a serpente de bronze no deserto (Números 21,8-9). Essas imagens, contudo, nunca foram objeto de adoração, mas meios pelos quais o povo era conduzido a Deus. De forma semelhante, a Igreja ensina que as imagens dos santos e de Maria são lembranças visuais que nos ajudam a elevar nossos corações a Deus, e não objetos de culto.

Quanto à veneração de Maria, ela é, de fato, a Mãe de Jesus, que é Deus encarnado. Por isso, a Igreja a chama "Mãe de Deus" (Theotokos), como definido no Concílio de Éfeso, em 431 d.C., quando a Igreja reafirmou a plena divindade e humanidade de Jesus Cristo. Longe de atribuir a Maria um papel de divindade, reconhecemos nela uma posição única, pois foi através dela que o Verbo se fez carne (João 1,14). Ela é a primeira e mais perfeita discípula de Cristo, e sua intercessão é uma expressão do amor maternal que ela tem por todos nós, seus filhos.

Em resumo, a Igreja não ensina que as imagens ou os santos substituem Deus, mas que eles nos ajudam a nos aproximar Dele, assim como você pode pedir a um irmão de fé que ore por você. Maria e os santos, já em comunhão com Deus, fazem isso de maneira ainda mais plena. Nosso único Salvador é Cristo, e todo o amor e veneração dados aos santos e à Virgem Maria nos levam sempre a Ele.

Que o Senhor nos ilumine com Sua paz e sabedoria