Bullying

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Prefeitura de Carlos Chagas cria comitê gestor para combater evasão escolar!

Prefeitura de Carlos Chagas cria comitê gestor para combater evasão escolar

Carlos Chagas, MG — A Prefeitura de Carlos Chagas instituiu de forma permanente o Programa Busca Ativa Escolar, uma iniciativa para garantir o acesso e a permanência de crianças e adolescentes na escola1111. A criação do programa foi oficializada pelo

Decreto nº 157/2025, publicado em 18 de setembro de 2025222222222.

Portaria nº 292/2025 em 16 de setembro de 2025, com a responsabilidade de elaborar um plano de trabalho para a execução das ações333333333.

  • Gestor: Deodato Gomes Costa 4

  • Coordenadora Operacional: Joice Wan Der Maas Moreira de Santana 5

  • Secretaria Municipal de Educação: Raiane Rodrigues de Araújo Marques (titular) e Fernanda de Souza Neres Rêgo Gomes Vilela (suplente) 6

  • Secretaria Municipal de Assistência Social: Ana Carolina do Norte Quaresma (titular) e Gislene Reis Burmann da Cruz (suplente) 7

  • Secretaria Municipal de Saúde: Ludmila Aparecida Soares Souza (titular) e Erick Venâncio Pereira (suplente) 8

  • Conselho Tutelar: Edilene Barbosa de Oliveira Rocha (titular) e Damaris Ramos da Silva Lima (suplente) 9

O programa, que já contava com ações em andamento na Secretaria Municipal de Educação (SME), se organiza em quatro eixos: diagnóstico e planejamento intersetorial; formação continuada; monitoramento e análise de dados; e mobilização social10. O objetivo é tratar a evasão escolar como um problema social e educacional que exige a colaboração de diferentes setores11.

domingo, 21 de setembro de 2025

21 de Setembro: Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência!

21 de Setembro: Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Celebrar o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, instituído pela Lei nº 11.133/2005, é também celebrar conquistas que, dia após dia, se traduzem em esperança, renascimento e renovação. A data, sugerida pelo ativista Cândido Pinto de Melo, carrega um simbolismo profundo: tal como as flores que desabrocham na primavera, somos chamados a renascer em atitudes e práticas que fortalecem a inclusão e a justiça social.

Na Rede Municipal de Educação de Carlos Chagas, temos a alegria de atender com mais de 80 crianças e adolescentes com deficiência, que são acompanhados diariamente por mais de 40 professores de apoio. Esses profissionais são pontes indispensáveis: mediam, orientam, apoiam e, sobretudo, acreditam no potencial de cada estudante. A presença deles transforma salas de aula em espaços verdadeiramente inclusivos, onde a diferença não é barreira, mas sim riqueza.

A educação inclusiva não é apenas um direito legalmente assegurado: é um compromisso ético, humano e pedagógico. Quando acolhemos e garantimos oportunidades a todos, estamos construindo uma sociedade mais justa, plural e solidária.

Hoje, reafirmamos nossa luta e nosso orgulho por cada passo conquistado. Que continuemos firmes, renovando nossa missão de educar para a vida, com dignidade, respeito e esperança. 🌸✊

sábado, 20 de setembro de 2025

O autorretrato e a construção da identidade!

O autorretrato e a construção da identidade

O autorretrato é muito mais do que um simples exercício artístico: ele é um convite ao autoconhecimento. Desde o Renascimento, quando artistas começaram a se representar para afirmar sua presença no mundo, até os tempos contemporâneos, essa prática tem se revelado um espaço de questionamento e de afirmação da identidade.

Rembrandt, mestre dos autorretratos, registrou em sua obra as marcas do tempo, as transformações do corpo e as inquietações da alma. Seus quadros funcionam como um diário visual, revelando que cada fase da vida nos apresenta uma nova versão de nós mesmos. Essa lição é atual: não somos identidades fixas, mas sujeitos em constante mudança.

O artigo mostra que, ao produzir um autorretrato, seja numa tela ou numa simples folha de papel, o indivíduo organiza pensamentos, sentimentos e memórias. Esse gesto, aparentemente simples, eleva a autoestima, desperta a sensibilidade e permite reconhecer as múltiplas faces do “eu”.

Na escola, o autorretrato pode ser um poderoso recurso pedagógico, pois ajuda o estudante a refletir sobre quem é e quem deseja ser. Assim, a arte cumpre sua função mais profunda: humanizar, despertar consciência e revelar que a identidade é sempre uma construção em processo.


📖 Referência

RAUEN, Roselene Maria; MOMOLI, Daniel Bruno. Imagens de si: o autorretrato como prática de construção da identidade. Revista Digital do LAV, v. 8, n. 11, p. 51-73, 2015. DOI: 10.5965/198431781112015051.

Emoções que nos humanizam!

Emoções que nos humanizam

As emoções fazem parte da essência do ser humano. Longe de serem simples reações instintivas, elas representam processos complexos que envolvem corpo, mente e cultura. Alegria, medo, tristeza, surpresa, raiva e nojo não são apenas expressões básicas e universais — elas nos conectam às nossas experiências mais profundas e às pessoas ao nosso redor.

A ciência tem demonstrado que as emoções resultam da interação entre fatores biológicos, cognitivos e sociais. Um sorriso pode nascer de uma sensação de bem-estar, mas também pode ser uma escolha consciente para mediar um conflito. Do mesmo modo, o medo pode proteger, preparando o corpo para a fuga, mas também pode paralisar, dependendo da interpretação que damos ao evento.

No cotidiano escolar e social, compreender a força das emoções é essencial. Elas moldam nossas relações, influenciam a aprendizagem e orientam nossas decisões. Reconhecer que a cultura e a história de vida de cada pessoa afetam a forma de sentir e expressar emoções amplia nossa capacidade de empatia e diálogo.

Refletir sobre as emoções é, portanto, refletir sobre nós mesmos. É abrir espaço para o autoconhecimento e para a construção de vínculos mais humanos e solidários.


📖 Referência

MIGUEL, Fabiano Koich. Psicologia das emoções: uma proposta integrativa para compreender a expressão emocional. Psico-USF, Bragança Paulista, v. 20, n. 1, p. 153-162, jan./abr. 2015. DOI: 10.1590/1413-82712015200114.

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Os Cadernos Avançando na Aprendizagem e o SAEB!

📌 SOLICITAÇÃO AOS GESTORES ESCOLARES

Caros Gestores,

Os Cadernos Avançando na Aprendizagem são um conjunto de atividades elaboradas a partir da análise das habilidades prioritárias avaliadas na Matriz do SAEB e do SIMAVE. Essas habilidades são fundamentais para a consolidação da aprendizagem dos estudantes concluintes das etapas finais da Educação Básica – no caso da nossa rede, o 5º e o 9º ano do Ensino Fundamental.

O material é composto por dois volumes: Caderno do Estudante e Caderno do Professor. Ambos possuem as mesmas atividades, mas no material do professor há cronograma de aplicação, habilidades avaliadas em cada item, gabarito e resolução comentada.

Este é um momento em que toda a escola deve estar plenamente voltada para esta atividade. Precisamos preparar nossos alunos com intensidade para as Provas do SAEB 2025, e a execução dos cadernos deve ser tratada como prioridade máxima da instituição.

➡️ Neste sentido, solicito a cada Diretor Escolar:

  1. Providenciar a impressão dos Cadernos do 5º e do 9º ano (Língua Portuguesa e Matemática).

  2. Organizar a aplicação integral junto aos alunos, em tempo hábil, de acordo com o cronograma de aulas.

  3. Acompanhar diretamente a execução, garantindo que todos os professores estejam engajados e que nenhum aluno fique sem acesso ao material.

  4. Tratar este período como preparatório oficial para o SAEB, mobilizando a comunidade escolar no sentido de assegurar foco total no fortalecimento das aprendizagens.

👉 Os links abaixo dão acesso direto aos materiais:

  • LINK CADERNOS 5º ANO – Língua Portuguesa e Matemática

  • LINK CADERNOS 9º ANO – Língua Portuguesa e Matemática

Este é o chamado para que cada escola assuma o compromisso de preparar seus estudantes para o sucesso. 

Cabe aos Gestores assegurar a impressão, aplicação e acompanhamento pedagógico do uso dos Cadernos.

Contamos com o empenho e dedicação de todos.

PROVAS DO SAEB: prioridade absoluta!

Orientações SAEB 2025 x Cumprimento da Condicionalidade II para a Complementação-VAAR FUNDEB.

Solicitamos a todos especial atenção para fins das avaliações do SAEB 2025, as quais serão realizadas em breve, em especial pelo fato de que os resultados dessas avaliações são de grande relevância para fins de cumprimento da Condicionalidade II para a Complementação-VAAR (Valor Aluno Ano por Resultados) da União ao FUNDEB.

A participação efetiva e qualificada da rede municipal de ensino neste processo avaliativo é mais do que uma exigência, uma vez que implica na garantia de recursos essenciais para a educação municipal.

Em 2025, sua importância é amplificada pela ligação direta com os repasses do VAAR FUNDEB, tornando a atenção e o engajamento de cada Secretaria Municipal de Educação absolutamente indispensáveis.

É importante lembrar, ainda, que o SAEB 2025 e a Condicionalidade II para a Complementação-VAAR FUNDEB tem uma conexão direta e indispensável.

A participação no Saeb 2025 transcende o objetivo pedagógico de diagnóstico e assume uma dimensão financeira crucial para a rede municipal de ensino, uma vez que a União destina recursos adicionais ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) por meio da Complementação-VAAR, vinculada a condicionalidades específicas.

Neste ponto, o atendimento à Condicionalidade II do FUNDEB VAAR está diretamente vinculada à participação da sua rede de ensino no Saeb, como condição para que o município faça jus a essa complementação. Especificamente, é indispensável garantir a participação de no mínimo 80% dos estudantes da rede municipal nas etapas avaliadas. ESTE PERCENTUAL NÃO É APENAS UMA META, MAS UM REQUISITO LEGAL PARA QUE O MUNICÍPIO SEJA ELEGÍVEL AO RECEBIMENTO DOS RECURSOS DO VAAR.

ATENÇÃO PARA AS CONSEQUÊNCIAS DA NÃO CONFORMIDADE:

Baixa participação, inconsistências nos dados ou a não realização da avaliação podem ter impactos severos. Tais fatores podem inviabilizar o cálculo dos indicadores necessários, comprometendo diretamente o repasse dos recursos da Complementação-VAAR da União ao FUNDEB. Isso significa menos investimento na educação de seus alunos, menos recursos para infraestrutura, formação de professores e material didático, impactando a qualidade do ensino oferecido.

A aplicação regular da prova do Saeb 2025, conforme previsto, ocorrerá em um período específico e crucial para o planejamento das escolas.  Assim, destacamos os seguintes pontos para que a Secretaria Municipal de Educação e as escolas da rede possam preparar os alunos e o ambiente escolar para os dias de provas e alinhar o melhor planejamento possível:

           Período de Aplicação: A aplicação impressa dos testes está agendada para acontecer entre os dias 20 e 31 de outubro de 2025. Este é o momento em que os estudantes demonstrarão o aprendizado desenvolvido, e a preparação da rede deve culminar nesta janela de tempo.

           Etapas e Disciplinas Avaliadas: 5º e 9º anos do Ensino Fundamental: Serão avaliadas as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática de forma censitária em todas as escolas participantes.

           Aplicação Amostral Complementar: Para os 5º e 9º anos do Ensino Fundamental, haverá também a aplicação amostral de Ciências Humanas e Ciências da Natureza, fornecendo um panorama mais abrangente do desenvolvimento dos alunos nessas áreas.

           Ensino Fundamental (2º, 5º e 9º anos): O Saeb 2025 contemplará escolas públicas e privadas, tanto urbanas quanto rurais, nessas etapas de ensino.

ATENÇÃO: Pela primeira vez de forma mais abrangente, a Educação Infantil (creche e pré-escola) também será incluída, em instituições públicas, privadas ou conveniadas, evidenciando a busca por um diagnóstico mais completo desde os primeiros anos.

           Questionários Abrangentes: Além dos testes de proficiência, o Saeb aplicará questionários contextuais essenciais. Estes instrumentos coletam dados valiosos sobre o ambiente educacional, as condições de ensino e aprendizagem, e o perfil dos participantes.

ATENÇÃO: Uma novidade importante é a inclusão de novos questionários para as famílias dos estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental, buscando uma perspectiva mais holística sobre o desenvolvimento das crianças nesta fase inicial.

           População de Referência (Quem Participa e Quem Não): É fundamental compreender quais turmas e instituições são elegíveis para a avaliação. As turmas multisseriadas, de correção de fluxo, Educação de Jovens e Adultos (EJA), magistério, Educação Especial não regular e grupos com menos de 10 estudantes (salvo exceções previstas em normativas específicas) geralmente não integram a população de referência para a aplicação censitária.

Instrumentos de Avaliação: Censitários e Amostrais

A Portaria que rege o Saeb 2025 (em anexo) estabelece claramente os dois tipos de aplicação, cada um com sua relevância e abrangência:

           Aplicações Censitárias:

1 - Englobam questionários destinados às secretarias municipais de educação, diretores escolares, professores e alunos de todas as redes públicas avaliadas.

2 - Incluem as provas de Língua Portuguesa e Matemática para os 5º e 9º anos do Ensino Fundamental alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ou às matrizes de referência de 2001, dependendo da etapa.

3 - Estas avaliações buscam um retrato da realidade da maioria das escolas e estudantes.

           Aplicações Amostrais:

1 - São realizadas em um subconjunto selecionado de escolas e alunos.

2 - Incluem questionários e testes aplicados em escolas privadas, na Educação Infantil (creche e pré-escola), no 2º ano do Ensino Fundamental e nas avaliações de Ciências da Natureza e Ciências Humanas para os 5º e 9º anos do Ensino Fundamental.

3 - As informações amostrais complementam o panorama censitário, oferecendo dados mais aprofundados sobre grupos específicos ou áreas do conhecimento.

ESTRATÉGIAS ESSENCIAIS PARA O SUCESSO E A PARTICIPAÇÃO EFETIVA

Para garantir não apenas a participação, mas também a melhor performance possível dos estudantes de sua rede de ensino e o cumprimento da Condicionalidade II, sugerimos um plano de ação abrangente:

           Utilização de Avaliações Diagnósticas: Implemente e utilize regularmente avaliações diagnósticas nas escolas da rede, uma vez que as mesmas são ferramentas poderosas para identificar os pontos fortes e as lacunas de aprendizado dos alunos, permitindo intervenções pedagógicas direcionadas antes da aplicação oficial do Saeb.

           Aplicação de Simulados Alinhados: Crie e aplique simulados que reproduzam o formato das provas do Saeb e estejam alinhados com as matrizes de referência (BNCC ou de 2001, conforme o caso). Isso familiariza os estudantes com a estrutura da avaliação, o tipo de questão e a gestão do tempo, reduzindo a ansiedade e aumentando a confiança.

           Reforço nas Áreas-Chave: Direcione esforços para o reforço pedagógico nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, que são as áreas centrais da avaliação censitária. Projetos específicos, aulas de aprofundamento e acompanhamento individualizado podem fazer uma grande diferença.

           Integração de Habilidades no Dia a Dia Escolar: É fundamental que as habilidades exigidas pelo exame do Saeb – como leitura, interpretação de texto, raciocínio lógico e resolução de problemas – sejam desenvolvidas de forma integrada ao currículo diário, e não apenas em momentos pontuais de "preparação para a prova". A proficiência nessas competências deve ser uma constante na prática pedagógica.

           Ambiente de Segurança Emocional: O bem-estar dos estudantes é primordial. Garanta que a preparação para o Saeb não gere estresse excessivo, mas sim um ambiente de incentivo, apoio e segurança. Explique a importância do exame sem gerar pânico, focando no esforço e no aprendizado.

           Engajamento da Comunidade Escolar: Mobilize diretores, coordenadores pedagógicos, professores, pais e, claro, os próprios estudantes. Quando toda a comunidade escolar compreende a relevância do Saeb e se sente parte do processo, a adesão e os resultados melhoram significativamente. A participação das famílias, especialmente com os novos questionários, é um elo fundamental.

           Oferta de Capacitação aos Professores: formação continuada para os professores, capacitando-os sobre as matrizes de referência do Saeb, estratégias pedagógicas para o desenvolvimento das habilidades avaliadas e como utilizar os resultados das avaliações diagnósticas para planejar suas aulas.

ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA OS DIRETORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS

A Escola desempenha um papel de liderança e coordenação indispensável neste processo.

           Acompanhamento do Cronograma Oficial do Inep: A Escola deve manter-se constantemente atualizada sobre as datas e os prazos divulgados pelo Inep, responsável pela aplicação do Saeb. A antecedência no planejamento é chave.

           Manter os Cadastros Atualizados no Sistema Saeb: A base de dados do Saeb depende de informações precisas sobre escolas, turmas, alunos e profissionais. Assegure que todos os cadastros sob a responsabilidade da Escola no Sistema Saeb estejam rigorosamente atualizados e corretos. Dados inconsistentes podem comprometer a inclusão de escolas ou estudantes na avaliação e, consequentemente, a Condicionalidade II.

           Os gestores devem mobilizar Especialista e Professores: A Escola deve atuar ativamente na conscientização e mobilização de toda a equipe escolar, realizando reuniões, palestras, e fornecendo materiais de apoio que expliquem a importância do Saeb, os procedimentos de aplicação e as estratégias de preparação.

Em suma, o Saeb 2025 é um marco avaliativo de grande envergadura, com implicações diretas tanto na qualidade pedagógica quanto na sustentabilidade financeira da educação no município.

Reforçamos a necessidade de empenho e dedicação de cada Escola, em especial para fins de assegurar o pleno cumprimento da Condicionalidade II, fortalecendo a educação municipal e garantindo os recursos necessários para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem nas escolas da rede.

Encontro de Formação em Teófilo Otoni: Recomposição das Aprendizagens e Planejamento Reverso

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Encontro de Formação em Teófilo Otoni: Recomposição das Aprendizagens e Planejamento Reverso

No dia 17 de setembro de 2025, diretores e especialistas da Rede Municipal e da Rede Estadual participaram, a convite da SRE de Teófilo Otoni, de um importante momento de formação. Reunidos no salão da SRE, entre 9h e 17h, tivemos a oportunidade de refletir sobre a implementação do Programa de Recomposição das Aprendizagens/SAEB e sobre o papel do acompanhamento pedagógico nas escolas.

Na parte da tarde, a professora Sandra Liesner conduziu uma palestra marcada pela clareza pedagógica e pela profundidade das reflexões. Ela iniciou destacando os Cadernos Avançando na Aprendizagem, materiais estruturados a partir da análise das habilidades prioritárias da Matriz do Saeb e do Simave, elaborados para os estudantes do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio. Cada etapa conta com um caderno do aluno e um caderno do professor, recursos fundamentais para orientar o trabalho em sala de aula.

O objetivo central do material, explicou Sandra, é garantir o desenvolvimento das habilidades básicas e essenciais que ainda não foram consolidadas, assegurando que os estudantes avancem em seus percursos educacionais com sucesso e maior preparo para avaliações externas. Para tanto, ressaltou a importância de investir em diagnósticos bem feitos, capazes de revelar o conhecimento prévio dos alunos e orientar estratégias pedagógicas mais assertivas.

O diagnóstico deve combinar atividades em Língua Portuguesa e Matemática, análise de resultados de avaliações externas, observação do desempenho em sala e acompanhamento constante. Sandra enfatizou um passo a passo para diagnósticos eficientes: definir objetivos claros, escolher métodos adequados, analisar resultados, criar estratégias personalizadas e acompanhar continuamente o progresso. Esse olhar individualizado, lembrou, é essencial, pois cada aluno é único e merece atenção diferenciada.

Outro ponto forte foi a proposta de grupos de nível de aprendizagem, nos quais os estudantes são organizados de acordo com seus avanços ou dificuldades, recebendo atividades adaptadas às suas necessidades. Essa metodologia, quando associada ao reconhecimento dos estilos de aprendizagem (visual, auditivo, cinestésico, leitura/escrita e multimodal), permite um trabalho mais justo e eficaz. Aqui, Sandra nos relembrou da teoria de Neil Fleming (1992), que mostrou como os alunos se apropriam do conhecimento de formas distintas e como cabe ao professor diversificar as estratégias.

Avançando nas reflexões, entramos no estudo da Taxonomia de Bloom, ferramenta clássica da educação que organiza objetivos de aprendizagem em níveis de complexidade – do mais simples ao mais complexo. Sandra retomou tanto a versão original (Conhecimento, Compreensão, Aplicação, Análise, Síntese e Avaliação) quanto a revisada (Lembrar, Compreender, Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar), lembrando-nos de que ela auxilia o professor a planejar aulas mais claras, avaliar de forma contínua e monitorar a progressão das habilidades.

Para tornar esse planejamento ainda mais efetivo, fomos convidados a refletir sobre o Planejamento Reverso. Diferente do modelo tradicional, no qual se parte do conteúdo, essa proposta inicia pelo fim:

  1. Resultados desejados – o professor define o que o aluno deve ser capaz de fazer ao final da unidade.

  2. Evidências de aprendizagem – estabelece como esse aprendizado será verificado (produtos, avaliações, apresentações, relatórios).

  3. Experiências e instruções – organiza as atividades, recursos e estratégias que levarão o estudante a atingir os objetivos.

Exemplo prático dado por Sandra: ao final de uma aula, o aluno deve ser capaz de interpretar gráficos de barras. Para isso, as evidências podem ser a construção de gráficos com dados reais e a explicação dos resultados. Já as experiências de aprendizagem incluem uma miniaula expositiva, atividades práticas de coleta de dados e roda de discussão em grupo.

Esse modelo, ressaltou a palestrante, garante foco nos objetivos, evita o “ensinar por ensinar” e promove maior clareza pedagógica, além de facilitar o uso de avaliações formativas e diferenciadas.

Em síntese, o encontro em Teófilo Otoni foi uma verdadeira imersão no compromisso com a qualidade da educação. Ao unir diagnóstico bem feito, compreensão dos estilos de aprendizagem, uso estratégico da Taxonomia de Bloom e o Planejamento Reverso, Sandra Liesner nos mostrou que a recomposição das aprendizagens é possível e viável quando o pedagógico é colocado no centro da ação escolar.

Organização do Currículo de Língua Portuguesa no CRMG/BNCC


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Explicação das Palestras – Encontro de Formação em Teófilo Otoni

No dia 17 de setembro de 2025, tivemos um encontro formativo muito significativo no Salão da SRE de Teófilo Otoni, reunindo Diretores e Especialistas da Rede Municipal de Educação e também Especialistas da Rede Estadual, a convite da Superintendência Regional de Ensino. O tema central foi a Formação do Programa de Recomposição das Aprendizagens/SAEB, com o objetivo de refletirmos sobre a implementação das ações pedagógicas e o acompanhamento contínuo nas escolas.

Logo pela manhã, a professora Viviane conduziu sua exposição com profundidade e clareza, trazendo como eixo a Organização do Currículo de Língua Portuguesa no Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG/BNCC). Ela nos fez olhar para a engrenagem que sustenta esse currículo: Campo de Atuação, Competência Específica, Habilidade, Eixo e Gênero Textual.

Viviane destacou que os Campos de Atuação são o ponto de partida, pois delimitam os contextos sociais em que os textos circulam. Assim, compreendemos que:

  • Nos anos iniciais, trabalhamos com o campo da vida cotidiana, o artístico-literário, o das práticas de estudo e pesquisa e o da vida pública.

  • Nos anos finais, somam-se a esse percurso o campo jornalístico-midiático, ampliando a leitura crítica da mídia.

  • No ensino médio, entram também os campos da vida pessoal, da vida pública, das práticas de estudo e pesquisa, do artístico-literário e do jornalístico-midiático, com foco no protagonismo juvenil e na formação cidadã.

Ao detalhar os gêneros textuais, Viviane nos levou a refletir sobre a progressão ao longo da escolaridade:

  • Nas séries iniciais, a ênfase está em textos do cotidiano como bilhetes, listas, receitas, convites, fábulas e poemas, fundamentais para o letramento inicial.

  • Nos anos finais, surgem notícias, reportagens, artigos de opinião, resenhas, debates e infográficos, ampliando o repertório e a criticidade.

  • Já no ensino médio, o estudante é desafiado a produzir ensaios, resenhas críticas, dissertações, artigos de opinião, manifestos e projetos de pesquisa, fortalecendo sua autonomia intelectual e sua capacidade argumentativa.

Viviane apresentou ainda a progressão do trabalho com o gênero notícia, mostrando como o mesmo gênero pode ser retomado em diferentes etapas com níveis de complexidade: desde reconhecer personagens e fatos (anos iniciais), até diferenciar fato e opinião (anos finais), chegando à análise crítica da intencionalidade e dos efeitos de sentido (ensino médio).

Essa abordagem reforçou a importância da progressão de habilidades descritas na BNCC, como identificar informações essenciais, comparar versões de um mesmo fato em diferentes mídias, avaliar confiabilidade, justificar semelhanças e diferenças no tratamento das informações e, por fim, analisar criticamente a cobertura da imprensa sobre temas de relevância social.

Encerrando a manhã, a palestrante nos conduziu a uma atividade prática: a construção de um mural dos gêneros textuais, em que cada grupo discutiu, analisou e posicionou os gêneros no campo de atuação e na etapa de ensino correspondente. Esse exercício evidenciou o quanto é necessário planejar o trabalho com os gêneros de forma sistemática, garantindo a progressão de complexidade e o desenvolvimento integral dos estudantes.

Portanto, ao revisitarmos as falas de Viviane, recordamos que o trabalho com os gêneros textuais não é uma tarefa isolada, mas um processo contínuo, articulado e contextualizado, que dá sentido ao ensino da língua portuguesa e fortalece a formação cidadã.